Stir/Shaken é um conjunto de tecnologias criado para combater fraudes telefônicas, como o spoofing — prática em que golpistas falsificam números de telefone para enganar os usuários.
O nome vem das siglas em inglês: STIR (Secure Telephony Identity Revisited) e SHAKEN (Signature-based Handling of Asserted information using toKENs), que juntos formam um protocolo de autenticação de chamadas.
Seu objetivo é assegurar que o número exibido no visor do celular realmente pertença a quem está fazendo a ligação. Isso é feito por meio de assinaturas digitais e validações entre as operadoras envolvidas na chamada.
Criado originalmente nos Estados Unidos e já adotado em países como Canadá e França, o Stir/Shaken começou a ser implementado no Brasil sob o nome “Origem Verificada”, com apoio da Anatel.
E, claro, se quiser saber mais sobre o que é Stir/Shaken, continue a leitura com a Brasilfone!
O que é Stir/Shaken?
Stir/Shaken é um conjunto de protocolos criado para autenticar chamadas telefônicas e combater fraudes como o spoofing, em que golpistas falsificam o número de telefone para enganar o receptor.
Em uso em países como Estados Unidos e Canadá, e em fase de implementação no Brasil sob o nome “Origem Verificada”, o Stir/Shaken assegura que o número que aparece no visor de quem recebe a chamada é realmente de quem está ligando. Essa verificação traz mais transparência para as comunicações telefônicas.
Para que serve a tecnologia Stir/Shaken?
A principal finalidade do Stir/Shaken é proteger consumidores e empresas contra chamadas fraudulentas, como golpes, spam telefônico e robocalls.
A tecnologia permite autenticar o número de origem da chamada, evitando que terceiros utilizem números falsos para se passar por instituições bancárias, empresas ou órgãos públicos. Com isso, a experiência do usuário melhora, reduzindo o medo e a desconfiança ao atender ligações desconhecidas.
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Qual a origem do nome Stir/Shaken?
O nome Stir/Shaken vem da combinação de dois protocolos técnicos. STIR significa Secure Telephony Identity Revisited (Identidade Segura de Telefonia Revisitada), e SHAKEN significa Signature-based Handling of Asserted information using toKENs (Manipulação de informações com base em assinaturas digitais usando tokens).
Esses nomes refletem a estrutura do sistema: assegurar identidade de quem liga e usar assinaturas digitais para autenticar essa identidade ao longo da cadeia de transmissão da chamada.
Como funciona o processo de autenticação do Stir/Shaken?
O funcionamento do Stir/Shaken é baseado em três etapas principais:
- Assinatura digital: Quando uma empresa ou operadora origina uma chamada, ela gera uma assinatura digital que confirma a legitimidade do número de origem.
- Transmissão do token: Essa assinatura é transmitida junto com a chamada por meio de um token criptografado.
- Verificação pelo receptor: A operadora que recebe a chamada verifica a assinatura para garantir que o número exibido no identificador é realmente autêntico.
Se a chamada for validada com sucesso, o usuário verá indicadores como nome da empresa, logotipo e, eventualmente, o motivo da ligação, o que torna a decisão de atender mais consciente.
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Quais fraudes o Stir/Shaken ajuda a combater?
O Stir/Shaken foi desenvolvido para combater fraudes telefônicas, com destaque para o spoofing, prática em que golpistas mascaram o número de telefone para se passarem por outra pessoa ou empresa.
Além disso, a tecnologia reduz o volume de chamadas automatizadas indesejadas (robocalls) e spam telefônico, que prejudicam consumidores e empresas. Com o uso do Stir/Shaken, é possível tornar o ambiente de comunicação mais confiável.
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Qual a diferença entre Stir e Shaken?
Embora sejam frequentemente citados juntos, STIR e SHAKEN representam dois componentes distintos do sistema de autenticação de chamadas.
STIR (Secure Telephony Identity Revisited) é o protocolo responsável por criar e aplicar uma assinatura digital à chamada no momento em que ela é originada. Assegura que o número de telefone esteja sendo usado de forma legítima e autorizada.
O SHAKEN (Signature-based Handling of Asserted information using toKENs) define como essa assinatura digital será verificada e tratada nas redes telefônicas. Ele é responsável por validar a autenticidade da chamada quando ela chega ao destinatário.
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Stir/Shaken é obrigatório no Brasil?
Sim, o uso da tecnologia Stir/Shaken foi tornado obrigatório no Brasil pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Até então, sua adoção era voluntária por parte das operadoras.
No entanto, com a publicação do novo regulamento de simplificação regulatória, a agência estabeleceu um prazo de três anos para que todas as operadoras brasileiras implementem o sistema de autenticação. O prazo começa a contar a partir da publicação oficial do regulamento, ocorrida em abril de 2025.
Quando a Anatel começou a implementar o Stir/Shaken?
A Anatel iniciou os testes com a tecnologia Stir/Shaken no início de 2024, em parceria com operadoras, instituições financeiras e empresas de telesserviços. O protocolo foi aplicado de forma experimental em milhões de chamadas durante os primeiros meses do ano, avaliando sua viabilidade técnica e o impacto na experiência do usuário.
O anúncio oficial de implementação foi feito em setembro de 2024, com o lançamento programado para outubro sob o nome “Origem Verificada”. A obrigatoriedade, por sua vez, foi aprovada em abril de 2025, estabelecendo a transição de um sistema voluntário para um regulamento obrigatório.
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O que significa “Origem Verificada” e qual sua relação com o Stir/Shaken?
“Origem Verificada” é o nome adotado pela Anatel no Brasil para se referir ao sistema Stir/Shaken. A mudança de nome busca tornar a tecnologia mais compreensível para o público e o mercado, facilitando a adesão e a comunicação institucional.
Apesar da nova nomenclatura, a base técnica continua sendo a mesma dos padrões internacionais. O nome “Origem Verificada” descreve exatamente a função da tecnologia: permitir que o usuário saiba, com segurança, quem está realmente ligando.
A identificação poderá incluir o nome da empresa, número, logotipo e motivo da ligação — informações que ajudam o consumidor a decidir se atende ou não.
Quais empresas já adotaram o Stir/Shaken no Brasil?
Até julho de 2025, mais de 50 operadoras já haviam aderido ao Stir/Shaken de forma voluntária, com contratos firmados tanto para telefonia fixa quanto móvel. Entre as principais operadoras que integram o projeto estão as líderes do mercado como Vivo, Claro e TIM.
Além delas, bancos, seguradoras e grandes empresas de call center também participaram dos testes e estão se preparando para adotar a tecnologia em suas operações. A tendência é que a adesão cresça rapidamente com a entrada em vigor da obrigatoriedade.
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Como o Stir/Shaken impacta o consumidor final?
O Stir/Shaken tem um impacto direto e positivo para os consumidores. Ao autenticar as chamadas recebidas, ele ajuda o usuário a saber, de forma confiável, quem está ligando antes mesmo de atender.
Dessa forma, reduz o número de chamadas falsas, golpes e ligações de telemarketing abusivas, que costumam ser fontes constantes de incômodo e insegurança.
Além disso, quando a chamada é autenticada, o visor do celular poderá exibir o nome da empresa, logotipo e até o motivo da ligação. Com essas informações, o consumidor toma decisões com mais clareza, o que gera mais confiança nas interações telefônicas.
Quais os benefícios para empresas que usam Stir/Shaken?
As empresas que adotam o Stir/Shaken se beneficiam de diversas maneiras. O principal ganho é a aumentada taxa de atendimento: quando a chamada é identificada corretamente e validada, o consumidor se sente mais seguro para atender.
Outro benefício está na reputação da marca. Com a identificação da origem da chamada, a empresa mostra que está comprometida com a transparência e a segurança do consumidor, o que fortalece a confiança no relacionamento.
Além disso, a redução de ligações não respondidas e a diminuição de fraudes que envolvem o nome da empresa contribuem para uma operação com menos prejuízos reputacionais ou financeiros.
Stir/Shaken funciona em todos os celulares?
Não. Um dos desafios da implementação do Stir/Shaken é que ele ainda não funciona em todos os celulares, principalmente nos modelos mais antigos ou desatualizados.
Para que o consumidor veja no visor as informações completas da chamada verificada, o aparelho precisa ter compatibilidade com a tecnologia — ocorrendo em smartphones mais modernos e com sistemas atualizados.
Mesmo assim, a autenticação da chamada ocorre em segundo plano, ou seja, mesmo que o usuário não veja o selo de verificação, a operadora ainda pode processar internamente a validação. Espera-se que, com a evolução dos aparelhos e das redes, essa limitação seja superada gradualmente.
A tecnologia substitui o uso dos prefixos 0303 e 0304?
Não exatamente. O Stir/Shaken complementa, mas não substitui os prefixos 0303 e 0304. Esses códigos foram criados pela Anatel em 2022 para padronizar chamadas de telemarketing (0303) e cobrança (0304), permitindo ao consumidor identificar facilmente o tipo de ligação.
Entretanto, o uso do prefixo não garante que o número seja legítimo ou seguro. É justamente aí que entra o Stir/Shaken: ele vai além da simples identificação e valida, de fato, a origem da chamada.
Portanto, ambas as soluções podem coexistir e se complementar na proteção ao consumidor.
É necessário instalar algum aplicativo para o Stir/Shaken funcionar?
Não. O Stir/Shaken funciona nativamente nas redes das operadoras e não exige a instalação de aplicativos pelo consumidor. A verificação da chamada acontece nos sistemas das próprias operadoras, desde a origem até o destino.
Portanto, torna a tecnologia prática e acessível, já que o usuário não precisa fazer nenhuma ação para usufruir dos benefícios. Basta ter um celular compatível e aguardar a disponibilidade do serviço em sua operadora.
Como o consumidor reconhece uma chamada autenticada?
Com a implementação do Stir/Shaken, o consumidor pode identificar uma chamada autenticada por meio de informações exibidas diretamente no visor do celular. Quando a chamada é validada, aparecem dados como o nome da empresa, número verdadeiro, logotipo e, em alguns casos, até o motivo da ligação.
Além disso, um selo de verificação pode ser exibido, indicando que a origem foi autenticada pelas operadoras conforme os protocolos Stir/Shaken. Essa transparência ajuda o usuário a saber se está recebendo uma ligação legítima.
Stir/Shaken protege contra todos os tipos de spam?
Embora o Stir/Shaken seja uma ferramenta poderosa no combate a fraudes, ele não elimina todos os tipos de spam. A tecnologia é efetiva contra golpes envolvendo a falsificação do número de origem (spoofing), mas não impede ligações indesejadas feitas a partir de números reais e legalmente registrados.
Dessa forma, inclui chamadas de empresas que seguem a legislação, mas fazem uso excessivo de ligações. Por isso, o Stir/Shaken deve ser visto como parte de uma estratégia combinada de proteção, junto a recursos como listas de bloqueio, prefixos padronizados (como 0303 e 0304) e o cadastro no site “Não Me Perturbe”.
Há soluções nacionais similares ao Stir/Shaken?
Sim, o Brasil conta com soluções nacionais que oferecem funcionalidades semelhantes ao Stir/Shaken. Um exemplo é a plataforma GOCheck, desenvolvida pelo Grupo Ótima Digital.
Ela realiza validações com operadoras móveis (Claro, TIM, Vivo) e verifica se o número é legítimo, se está associado a um CPF válido e se pertence a uma base autorizada para receber comunicações.
Essas ferramentas não substituem completamente o Stir/Shaken, cumprindo funções importantes de verificação de autenticidade, sendo interessantes durante a fase de transição da tecnologia.
Como o Stir/Shaken contribui para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)?
A LGPD exige que as empresas tratem os dados pessoais com transparência, segurança e responsabilidade. O Stir/Shaken fortalece esses princípios ao oferecer uma camada adicional de proteção ao consumidor.
Ao autenticar a origem da chamada, evita-se que dados pessoais sejam compartilhados com golpistas ou que o consumidor seja induzido ao erro por uma ligação fraudulenta.
Além disso, ao exibir quem está ligando e o motivo da chamada, a tecnologia reduz a assimetria de informação, tornando a comunicação mais consentida.
O que acontece com empresas que não implementarem Stir/Shaken dentro do prazo?
A Anatel determinou que todas as operadoras implementem o Stir/Shaken no prazo de três anos a partir de abril de 2025. Empresas que não cumprirem a exigência sofrem sanções administrativas, como multas que chegam a R$ 50 milhões, além do bloqueio do número de origem por até 15 dias.
Em casos extremos, a prestadora pode até perder a autorização para operar. A medida visa assegurar a adesão ao protocolo e reduzir fraudes nas redes de telecomunicações do país.
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